Pescaria em Alto Mar, segunda tentativa - Capítulo 3


Continuando... Neste novo ponto ninguém teve sucesso, como nos outros o som do Sonar apontava muitos peixes abaixo de nós, mas mesmo assim nada acontecia, foi quando olhando para a água vi nadando rápido ao redor do barco um douradinho de aproximadamente uns 50 centímetros(que peixe bonito). Já que todos estavam pescando do mesmo lado do barco, recolhi minha vara que estava com o sistema de fundo e deixei ao lado da outra vara que estava com sistema com boia, dei bastante linha e fiquei observando, após alguns minutos minha boia afundou e... como um gato voei para a vara e dei aquela puxada que lança toda a adrenalina no sangue, porém a vara que eu peguei era a que estava recolhida e antes que pudesse pegar a outra a boia já havia retornado a superfície e eu perdido a oportunidade, até recolhi e vi a marca da mordida em minha isca, frustração e zoação. Então, após mais algum tempo partimos para outro ponto de parada.
Devido o horário, o barco seguia em direção ao retorno com mais uma parada programada, como esta era uma navegação mais longa resolvi fazer mais uma tentativa na artificial, mas sem sucesso. Quando o barco parou tinham cerca de 5 pescadores que ainda tentavam, podia se dizer que a pescaria estava no fim pois este era o último ponto de parada e o dia inteiro apenas Rafael havia pego 2 peixes, foi quando todos os pescadores sentiram fisgadas. Alguns pegaram, outros trocaram a isca (eu inclusive),  e fizemos novos arremessos na flor da água e novas investidas na isca, estávamos sob um cardume de espadas e eles estavam famintos. Bruno deu um grito "Linha na água, é hora de pescar!!!" em uma de minhas tentativas quebrei a ponta de uma de minhas varas e ainda não tinha conseguido pegar nenhum, peguei minha outra vara, alterei o sistema dela e lancei para a água, neste momento esqueci que meu estômago não estava bem, me sentia 100%, foi quando senti uma leve fisgada e com toda a adrenalina que já estava em meu sangue dei uma puxada digna, tirando da água o segundo maior espada do dia. Após soltá-lo do anzol e colocar uma nova isca, fiz um novo arremesso e com o mesmo movimento trouxe um novo exemplar do mesmo tamanho, a esta altura a felicidade já era plena, as brincadeiras continuaram, pois o que importa é estar próximo da água com amigos de verdade e para comemorar tomei a cerveja mais gostosa do dia e a fome veio arrebatadora. Assim que o cardume se afastou e tudo parou de novo o barco iniciou o retorno, encerrando a aventura.
Aquela sensação de frustração provocada pela primeira tentativa passou para um momento de alívio, e meus desejos de novas pescarias no mar em locais inusitados e por capturas específicas voltaram com força total, mas ainda acho que preciso de mais algumas destas aventuras para me acostumar de vez com o balanço do mar.

FIM.


0 comentários:

Postar um comentário